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Me deparei ao visitar o blog com um texto cujo título era FICA ROTH, bom, há príncipio achei que fosse mais uma deixa para 'tirar sarro dos gremistas', mas imaginei que não pudesse ser, por mais que ache que ele é colorado fanático, acima de tudo ele é um grande jornalista, e não me enganei o texto é bom mesmo, então deixarei aqui!
Deixarei ele aqui, não apenas por ser bom e ser do David, mas também como uma maneira minha de protestar por essa grande desilusão que os torcedores gremistas então passando nesse momento.
Depois de mais uma derrota humilhante, é claro que a direção do Grêmio vai renovar o contrato com Celso Roth hoje mesmo. Por uns seis ou sete anos. Talvez mais.
Celso Roth será o Alex Ferguson do Grêmio, treinará o clube para sempre. Afinal, o presidente Duda Kroeff alega que demitir o treinador é uma solução “antiquada”. A solução “moderna”, portanto, deve ser a manutenção do treinador enquanto ele estiver perdendo. Quanto mais derrotas, mais estável Celso Roth estará.
Duda Kroeff apresentou outro argumento interessante para segurar seu adorado técnico naquele adorado emprego de R$ 220 mil mensais: como Roth já errou bastante, ele sabe o que não deve fazer. Pelo raciocínio do presidente, Roth teria aprendido com seus erros. Logo, quanto mais Celso Roth erra, mais perto ele está de acertar. Talvez a lógica da realidade desminta o presidente, mas matematicamente o pensamento dele é irrepreensível.
Os gremistas, inclusive, devem torcer para que Celso Roth continue errando, para que o Grêmio continue perdendo, de preferência de goleada. Desta forma, seu treinador se transformará num gênio do futebol e, daqui a alguns anos, o Grêmio será invencível. É provável que essa invencibilidade seja exercida na segunda divisão, mas isso é irrelevante.
O relevante é a posição dos dirigentes do Grêmio: eles jamais se abalam. Nenhuma derrota, nenhum fiasco, nenhuma vergonha é capaz de fazer com que eles percam sua parcimônia de diplomatas, sua ponderação suíça, sua fleuma de mordomos ingleses e, o mais importante, sua imortal imobilidade.
* Texto publicado hoje(09/03) na página 38 de Zero Hora.
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